O Encontro com a Menina que Você Foi: Um Caminho de Cura e Reconexão
- Fernanda Visciani
- 1 de set.
- 3 min de leitura
Por Fernanda Visciani @fernandavisciani

Você já parou para pensar na menina que você foi? Aquela criança que sonhava, se alegrava com pequenas coisas, mas também sentiu dores, rejeição ou solidão. Muitas vezes, essa menina continua viva dentro de você, esperando ser reconhecida, ouvida e acolhida.
No processo de crescimento, aprendemos a nos proteger das feridas da infância: usamos máscaras de força, independência e autocontrole. Mas, em silêncio, carregamos a dor daquela criança que só queria ser amada. Ignorar essa parte da nossa história é como caminhar pela vida sem olhar para trás, sempre falta algo.
O encontro com a criança interior não é apenas uma metáfora bonita. É um caminho de autoconhecimento, cura emocional e transformação profunda. Reconhecer a menina que você foi significa abrir espaço para acolher suas necessidades não atendidas, devolver pesos que não eram seus e se permitir florescer na vida adulta com mais leveza.
Por que reencontrar a criança interior é tão importante?
Segundo John Bradshaw, autor de Voltar a Ser Criança (1990), a criança interior representa a soma de nossas experiências emocionais e memórias da infância. Quando ela foi ferida, continuamos repetindo padrões de dor na vida adulta - nos relacionamentos, no trabalho, na forma como nos enxergamos.
Carl Gustav Jung já apontava que a criança interior é um arquétipo essencial para a individuação, ou seja, para nos tornarmos inteiros e autênticos (Jung, O Desenvolvimento da Personalidade, 1934/1954). Sem olhar para ela, permanecemos fragmentadas, sempre tentando preencher um vazio.
Na Constelação Familiar, Bert Hellinger nos lembra que o amor interrompido na infância muitas vezes define nossos vínculos na vida adulta. Quando a menina interior não é vista, seguimos buscando reconhecimento nos outros, em vez de encontrar dentro de nós a raiz da nossa força.
O que acontece quando você reencontra a menina que foi
✨ Você reconhece suas dores sem julgamento.
✨ Aprende a se acolher, em vez de se criticar.
✨ Traz leveza para sua vida adulta, parando de repetir padrões familiares.
✨ Consegue se relacionar de forma mais saudável, sem carregar expectativas irreais.
✨ Redescobre a alegria genuína de viver, aquela que vem de dentro.
Esse reencontro não significa voltar ao passado, mas dar um novo destino ao que ficou ferido.
Como iniciar esse reencontro?
Escuta interna: reserve momentos de silêncio para ouvir seus sentimentos mais profundos.
Escrita terapêutica: escreva uma carta para a menina que você foi, dizendo o que gostaria que ela tivesse ouvido.
Constelação Familiar: ao olhar para sua história, é possível dar lugar à sua criança interior e liberar o que não pertence a você.
Exercícios sistêmicos: práticas guiadas podem abrir espaço para que a adulta de hoje abrace a menina do passado.
Conclusão
A menina que você foi ainda vive em você. Talvez ela esteja triste, solitária ou com medo.
Mas também guarda sua criatividade, sua sensibilidade e sua força de amar. O encontro com ela é o primeiro passo para curar feridas antigas e viver uma vida mais plena no presente.
Quando você estende a mão para a sua criança interior, você não apenas a resgata - você resgata a si mesma.
Que tal agendar a sua constelação familiar? Para saber todas as informações, tirar dúvidas e marcar, clique no botão abaixo:
Referências Bibliográficas
Bradshaw, J. (1990). Voltar a Ser Criança. Editora Rocco.
Jung, C. G. (1954). O Desenvolvimento da Personalidade. In: Obras Completas, Vol. 17. Vozes.
Hellinger, B. (2007). Ordens do Amor. Editora Cultrix.



Comentários