Autossabotagem e não merecimento: entenda por que você adia o seu próprio sucesso
- Fernanda Visciani
- 10 de nov.
- 3 min de leitura
Por Fernanda Visciani @fernandavisciani

Há um instante silencioso que antecede cada conquista.
Um segundo em que o coração se contrai, não de medo do fracasso, mas do sucesso.
Porque, no fundo, o sucesso não é apenas sobre vencer, mas sobre se permitir ser vista.
E ser vista, para muitas mulheres, é um território perigoso.
Desde pequenas, aprendemos que brilhar demais pode incomodar.
Que ser boa demais pode atrair inveja.
Que ser feliz demais pode afastar o amor.
E assim, crescemos com um pacto invisível: não ultrapassar o limite do permitido.
Mas quem traçou esse limite?
Quem disse que a felicidade precisa ser racionada, o prazer contido, a realização adiada?
O medo de ter sucesso nasce quando a alegria ameaça a lealdade às dores da família.
Quando a criança interior teme que, ao crescer, perca o amor de quem ficou para trás.
É como se o coração dissesse:
“Se eu brilhar, posso ser rejeitada.” “Se eu for feliz, vou me afastar dos meus.”
E então, a mulher adulta aprende a se esconder.
Não com vergonha, mas por fidelidade.
Fidelidade à mãe que se sacrificou, ao pai que não pôde mais, à família que sobreviveu sem tempo para sonhar.
O peso invisível do não merecimento
Há uma ferida profunda que acompanha esse medo: a ferida do não merecimento.
Ela nasce quando o amor vem condicionado, quando a criança percebe que precisa fazer para ser amada.
“Você só ganha se se comportar.” “Você não merece agora.” “Primeiro, prove que é boa o bastante.”
Frases assim, ditas muitas vezes com boas intenções, ensinam o que nenhuma criança deveria aprender: Que o amor precisa ser conquistado.
E quando o amor vira prêmio, a vida adulta se torna uma busca sem fim por aprovação.
A mulher cresce acreditando que precisa trabalhar dobrado para ser vista, que o descanso é culpa, que a alegria é luxo.
E, quando algo bom acontece, logo surge uma voz interna:
“Será que eu mereço mesmo?”
Essa é a raiz da procrastinação.
Não é preguiça.
É medo de descobrir que, mesmo depois de tanto esforço, talvez não seja digna.
Então é mais seguro adiar.
Ficar no quase.
Esperar o momento certo que nunca chega.
O caminho de volta para o merecimento
Mas há um instante em que a alma se cansa de se esconder.
E é nesse instante que o processo de cura começa.
Cura não é sobre correr atrás do sucesso.
É sobre lembrar que você merece ser feliz agora, antes de qualquer conquista.
É sobre dar à sua criança interior o que ela mais esperava ouvir:
“Você não precisa provar nada. O amor já é seu.”
O sucesso verdadeiro não vem quando conquistamos tudo, mas quando paramos de fugir daquilo que já somos.
Ele floresce quando a mulher olha para trás e diz aos seus pais, com o coração cheio de amor:
“Eu honro o que vocês viveram. Mas eu escolho viver diferente.”
Esse é o momento em que o medo de ter sucesso se transforma em permissão.
Em vez de se esconder, ela começa a ocupar seu lugar com suavidade - não para competir, mas para expressar a vida que pulsa dentro dela.
Um convite à alma
Permita-se brilhar sem medo de ser punida.
Permita-se receber sem culpa.
Permita-se ser feliz, mesmo que ninguém antes tenha sido.
O merecimento é um retorno.
É o reencontro com a parte da sua alma que um dia acreditou que precisava fazer muito para merecer pouco.
Hoje, você pode escolher diferente.
Hoje, você pode se permitir viver o sucesso com leveza, paz e pertencimento.
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Referências Bibliográficas
HELLINGER, Bert. Ordens do Amor: um guia para o trabalho com constelações familiares. Cultrix, 2001.
STAHl, Stefanie. Acolha sua Criança Interior: o caminho para resolver conflitos e se reconciliar com quem você é. Sextante, 2022.
BRADSHAW, John. Volte para Casa: curando e acolhendo sua criança interior. Rocco, 2018.
GABRIEL, Ana Rhodes Castro. O Caminho do Coração: a força transformadora do amor e do perdão. Vozes, 2015.
BROWN, Brené. A Coragem de Ser Imperfeito. Sextante, 2016.



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