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As Feridas de Infância e as Dificuldades nos Relacionamentos

  • Foto do escritor: Fernanda Visciani
    Fernanda Visciani
  • 26 de mar.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 2 de abr.

Por Fernanda Visciani


Muitas vezes, os desafios que enfrentamos em nossos relacionamentos amorosos não são apenas sobre o outro, mas sobre nós mesmos. Nossos padrões de comportamento, inseguranças e expectativas têm raízes profundas, que geralmente remontam à nossa infância.


As feridas emocionais que carregamos da nossa primeira relação com nossos pais e cuidadores podem se manifestar em nossas relações adultas, criando dificuldades na forma como nos conectamos e nos relacionamos com o parceiro.


Neste texto, vamos explorar as principais feridas emocionais da infância e como elas influenciam os relacionamentos amorosos. Compreender essas dinâmicas é um passo essencial para transformar padrões nocivos e construir relações mais saudáveis e felizes.


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As Principais Feridas de Infância

O conceito das feridas emocionais da infância foi amplamente difundido pela psicoterapeuta Lise Bourbeau. Segundo ela, existem cinco principais feridas emocionais que impactam nossa vida adulta:


Ferida da Rejeição

A ferida da rejeição surge quando a criança se sente indesejada ou excluída, geralmente pelos pais ou cuidadores. Isso pode acontecer de maneira direta, quando um dos pais realmente rejeita a criança, ou de maneira sutil, através de atitudes de frieza, críticas excessivas ou indiferença.

  • Impacto nos relacionamentos: Quem tem essa ferida tende a desenvolver um medo profundo de abandono e rejeição. No relacionamento amoroso, isso pode se manifestar como uma constante insegurança, necessidade de validação e dificuldade em confiar que é amado(a). Essas pessoas podem se tornar extremamente sensíveis a qualquer sinal de distanciamento do parceiro, o que pode gerar crises de ansiedade e ciúmes.


Ferida do Abandono

O abandono ocorre quando a criança sente que não pode contar com os pais para suprir suas necessidades emocionais. Isso pode acontecer por ausência física (pais que trabalham demais, separação dos pais, falecimento) ou emocional (pais que estão presentes, mas não são afetivos).

  • Impacto nos relacionamentos: A pessoa que carrega essa ferida pode desenvolver um comportamento dependente, sentindo-se incapaz de estar sozinha. Nos relacionamentos, pode exigir atenção constante, ter medo excessivo de ser deixada e até mesmo tolerar relações abusivas para evitar a solidão.


Ferida da Humilhação

Essa ferida se forma quando a criança se sente envergonhada ou inferiorizada por seus pais ou cuidadores. Isso pode acontecer através de críticas constantes, comparações com outras crianças, castigos humilhantes ou abuso emocional.

  • Impacto nos relacionamentos: Adultos com essa ferida tendem a se sentir indignos de amor. Podem atrair relações onde são desvalorizados ou se colocar em posição de serviço ao outro, tentando "merecer" o amor do parceiro. Também podem sentir culpa em buscar prazer e felicidade para si mesmos.


Ferida da Traição

Essa ferida nasce quando a criança se sente traída ou enganada, especialmente quando os pais fazem promessas e não cumprem, ou quando um dos pais age de forma incoerente (diz uma coisa, mas faz outra).

  • Impacto nos relacionamentos: Essa pessoa pode ter dificuldade em confiar no parceiro e sentir necessidade de controlar a relação para evitar ser enganada. Ciúmes excessivo, autoritarismo e dificuldade em delegar tarefas ou confiar são comuns. Em alguns casos, pode acabar sendo infiel como uma forma inconsciente de "punir" o medo da traição.


Ferida da Injustiça

Essa ferida se forma quando a criança cresce em um ambiente onde não se sente reconhecida e valorizada. Pode ter pais extremamente críticos, frios ou severos, que não reconhecem suas emoções e esforços.

  • Impacto nos relacionamentos: Essas pessoas podem se tornar excessivamente rígidas, perfeccionistas e pouco expressivas emocionalmente. Nos relacionamentos, podem ter dificuldade em demonstrar vulnerabilidade, afastando o parceiro emocionalmente. Também podem ser muito exigentes consigo mesmas e com os outros.


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Como Curar as Feridas de Infância e Melhorar os Relacionamentos

O primeiro passo para transformar padrões negativos nos relacionamentos é reconhecer e compreender as próprias feridas emocionais. A partir disso, algumas ações podem ajudar no processo de cura:


Autoconhecimento e Terapia

Investir em terapia, especialmente abordagens como a Constelação Familiar, pode ser fundamental para identificar e ressignificar traumas da infância. Esse tipo de trabalho permite enxergar padrões herdados e encontrar formas mais saudáveis de se relacionar.


Desenvolvimento da Autocompaixão

Ser gentil consigo mesmo é essencial para curar as feridas. Aceitar que você é digno de amor e valor é um passo importante para não repetir padrões autodestrutivos.


Aprender a Comunicar Emoções

Muitas dificuldades nos relacionamentos surgem da falta de comunicação emocional. Expressar sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa é essencial para evitar conflitos e fortalecer a conexão.


Construir Relacionamentos Baseados na Confiança e Respeito

Procurar parceiros que respeitem seus limites e incentivem seu crescimento pessoal ajuda a quebrar padrões negativos e criar relações mais saudáveis.


Praticar o Perdão e a Gratidão

Ressignificar a história e perdoar aqueles que, de alguma forma, causaram dor na infância é libertador. O perdão não significa concordar com o que aconteceu, mas sim escolher não carregar mais esse peso.



Conclusão


As feridas de infância têm um impacto profundo na forma como nos relacionamos na vida adulta. No entanto, ao reconhecê-las e buscar a cura, é possível construir relacionamentos mais saudáveis, baseados no amor-próprio, na segurança emocional e na reciprocidade. O autoconhecimento é a chave para transformar padrões negativos e criar um relacionamento amoroso mais leve e harmonioso.


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